terça-feira, 21 de março de 2017

MODELO: PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO

“Investir na criança de hoje é ter certeza de melhores dias no futuro de nosso país.”

                                    Monteiro Lobato



SUMÁRIO



1. APRESENTAÇÃO.....................................................................................5

2. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR.............................................7

3. JUSTIFICATIVA........................................................................................9
4. VISÃO......................................................................................................10
4.1 MISSÃO.................................................................................................10
5. OBJETIVOS.............................................................................................10
5.1 GERAL...................................................................................................10
5.2 ESPECÍFICOS.......................................................................................10
6. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS....................................................................11
6.1 MARCO REFERENCIAL.......................................................................11
6.2 MARCO SITUACIONAL........................................................................18
6.3 MARCO OPERACIONAL......................................................................21
7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.........................................................21
7.1 RECURSOS HUMANOS........................................................................22
8 ESTRUTURA FÍSICA................................................................................24
9 PROPOSTA CURRICULAR.....................................................................24
9.1 (1ª PARTE) CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS ADOTADAS PELA ESCOLA.......................................................................................................24
9.2 MATRIZ CURRICULAR.........................................................................67
9.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ADOTADOS PELA ESCOLA...........................................................................................68
10. PLANO DE AÇÃO.................................................................................69
10.1 METAS E AÇÕES................................................................................69
11. IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO....72
12. CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................73
13. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................75




2. IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR

Entidade Mantenedora:

  • _______________________________

Unidade Escolar:

  • Centro Municipal de Educação Infantil 

Endereço:

  • _______________________________

Cursos que oferece:

  • Educação Infantil - Jardim I e Jardim II

Estrutura Física:

  •        ____________________________________________________________
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O Centro Municipal de Educação Infantil foi criado em _____ para atender a carência da comunidade, ____________________________________________________________
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6. PRINCÍPIOS EDUCATIVOS
6.1 MARCO REFERENCIAL
A construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação pessoal e de reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres.
            A escola inserida no contexto social inscreve-se como a instituição que oportuniza a vivência de experiências culturais mais amplas e diversificadas. A família, o simples convívio social, os meios de comunicação e, até mesmo, o trabalho, nem sempre possuem condições de propiciar essa vivência.
            A ação educativa do CEMEI apresenta como proposta pedagógica a premissa de que o conhecimento é construído nas discussões coletivas e que as relações de aprendizagem possibilitam a reversibilidade de papéis no ato de ensinar e aprender. Nesse sentido, CANÁRIO (2006, p. 11) indica que:

        “(...) O Objetivo seria que cada escola pudesse transformar-se em um centro de educação permanente, profundamente enraizada no contexto local e capaz de fazer interagir múltiplos tipos de aprendentes. O que está em causa é fazer da escola um lugar onde todos possam aprender e se tornem habituais situações de reversibilidade dos papéis de ensinar e aprender (...)”

            A escola insere-se, dialeticamente, na sociedade e, por isso, os/as alunos/as não estão num dado momento, sendo preparados/as para a vida e em outro vivendo. A aprendizagem precisa acontecer a partir de problemas reais. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento. É, sobretudo, responder aos desafios da sociedade na busca da transformação. Portanto, “os sujeitos que hoje vão à escola constituem uma população altamente diversificada, o que gera a necessidade de prestar atenção às diferentes maneiras de interpretar o mundo, o conhecimento e as relações sociais.” (MENEZES, 2006)
            Além de ser um espaço de conhecimento sistematizado, a escola a partir de sua prática diária, busca a superação de preconceitos e combate às atitudes discriminatórias. Da mesma forma o espaço de convivência de crianças e jovens de origens e níveis socioeconômicos diferentes, com costumes, dogmas religiosos e visões de mundo compõem a diversidade da escola.
            Nesse sentido, o grande desafio da escola é dar condições aos alunos de se tornarem cidadãos conscientes, organizados e participativos do processo de construção político, social e cultural. E, para que tal procedimento se torne realidade, toda a comunidade escolar deve se esforçar com responsabilidade o que possibilitará a todas as crianças uma educação integral e de qualidade.
            Considerando o homem um ser social, ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política, garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade.
            Partindo do pressuposto que o homem constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes à natureza humana. O homem é antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.
            A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade.
           A questão ambiental tem sido motivo de grande preocupação devido a inúmeros desequilíbrios ecológicos provocados pelas ações humanas. Para que ocorra uma mudança de postura e de atitudes é preciso promover ações sociais que desenvolvam a sensibilização e a conscientização através da Educação ambiental. A Educação ambiental em si, é regulada pela Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA, instituída pela Lei nº 9795, de abril de 1999. Por tratar-se de uma ação que está ligada à formação do homem, do ser social, do cidadão e entendendo que esta formação inicia-se desde os primeiros períodos da vida, torna-se relevante um diálogo que envolva este processo desde a Educação Infantil.
Inserir a Educação Ambiental às atividades escolares rotineiras nada mais é do que tomar como foco principal de toda e qualquer atividade, a questão ambiental que esteja inserida no contexto do conteúdo que está sendo desenvolvido. Assim como as questões ambientais, a educação ambiental precisa dissociar-se das técnicas mecanicistas e descontextualizadas.
            Conforme Freire (2003, p. 59), “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa.”
            O CEMEI  poderá dessa forma, não apenas contribuir significamente para a democratização da sociedade, como também ser um lugar privilegiado para o exercício da democracia participativa, de uma cidadania consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente excluída.
            Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
            Nesse sentido, as relações dentro da escola têm sido influenciadas de maneira decisiva pela sociedade atual, pois como afirma Gadotti (1998, p. 20) “a escola está mergulhada na sociedade. São os sistemas sociais, políticos e econômicos que determinam os sistemas que se exprimem através dos educandos.”
            Isso fez com que a escola assumisse responsabilidades que primariamente caberia a família, o que tem dificultado a relação entre a escola e a comunidade, que não mais se enxergam como parceiro e sim como rivais. Em meio a esta conjuntura de incertezas e dificuldades, cabe à escola enquanto instituição formadora, em face desta realidade, repensar e atualizar suas práticas pedagógicas, pois não se pode mais pensar em escolarização formal frente a crescente e acelerada avalanche de informações e de conhecimentos.
            A LDBEN 9394/96 no seu artigo 2º explicita a necessidade dessa relação quando afirma que: “A educação, é dever da família e do Estado (...)”.
            A concepção de currículo, adotada pelo CEMEI pretende ultrapassar a estrutura linear e compartimentalizada das disciplinas isoladas e desarticuladas. Assim, busca relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude dialógica e cooperativa permanente, necessária à compreensão das múltiplas relações que constituem o mundo da vida, no qual os sujeitos, mediados pela comunicação, organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições necessárias à existência. Corrobora com essa idéia FERRAÇO:

        “Pensar os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano que inclui, além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica das relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currículos praticados nas escolas, é necessário estudar os hibridismos culturais vividos nos cotidianos.” (2006, p. 10)

            O currículo deve redimensionar, constantemente, os espaços e tempos escolares, revendo concepções e práticas pedagógicas. Nesse contexto, a formação permanente dos/as educadores é indispensável, promovendo a cooperação entre os implicados no processo educativo, possibilitando mudanças, a partir de uma práxis reflexiva, tendo em vista a qualificação do processo ensino-aprendizagem.
            Todo o processo de educação escolar, por ser intencional e sistemático, implica a elaboração e realização de um programa de experiências pedagógicas a serem vivenciadas em sala de aula, na escola e fora dela. O currículo é entendido aqui como o conjunto dessas atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa, capaz de indicar os caminhos, admitindo mudanças, atalhos, alterações significativas em busca da aprendizagem de todos os alunos. Assim, a educação ultrapassa a reprodução de saberes e fazeres, possibilitando a troca de experiências e a construção de aprendizagens significativas.
          A nova lei, que ficou com o número 11.525-07, altera a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (9.394/96) e estabelece que o Estatuto da Criança e do Adolescente seja a principal fonte desse novo conteúdo a ser ministrado. Os preceitos contidos na ECA deverão ser transmitidos aos alunos pelos professores das disciplinas já existentes, não havendo a necessidade da criação de uma nova matéria só para tratar desse tema.
A criança aprende brincando e todos os conteúdos poderão ser ensinados através das brincadeiras e jogos, em atividades predominantemente lúdicas.
            Dessa forma, o currículo está diretamente relacionado ao contexto sócio-político-cultural e, assim, é construída de forma dinâmica e participativa através de uma abordagem interdisciplinar, tendo em vista prioritariamente, a formação do cidadão comprometido eticamente com a transformação da sociedade.
            Portanto, a escola deve procurar caminhos para desenvolver as diferentes áreas do conhecimento de forma criativa e interdisciplinar, sempre atenta aos interesses das crianças aliando a isso a ampliação de suas experiências e sua inserção cultural.
        Diante de tudo o que foi exposto anteriormente muda também a concepção de gestão, que deixa de ser centralizada e autoritária e passa a ser democrática e descentralizada aprimorando assim a qualidade educacional, redistribuindo responsabilidades e promovendo a participação de todos os membros nas decisões da escola. A participação aparece então como o principal meio de assegurar a gestão democrática já que ela é um processo que não tem fim, porque está sempre se fazendo, é uma contínua, conforme descrito por Demo (2001). Assim sendo, tal prática trás satisfação e comprometimento de toda a equipe escolar.
            Nessa nova visão de gestão, o diretor deve criar condições favoráveis que facilitem a participação significativa, na solução de problemas análise de situações, impulsionando os agentes envolvidos a programar e elaborar roteiro que ajudem a assegurar a aprendizagem concreta e significativa dos educando, foco vital de uma comunidade escolar, e ao mesmo tempo não deixando que percam de vista seus próprios interesses, talentos e sonhos.
            Diante disso, o CEMEI objetiva oferecer oportunidades para que as crianças adquiram competências e habilidades no manejo de produção do conhecimento para enfrentamento de desafios e busca de soluções.
            A avaliação deve ser entendida como suporte do processo decisório da gestão da educação básica, bem como da relação ensino-aprendizagem nela desenvolvida. Esta concepção de avaliação como processo decisório:

        “Busca-se avaliar as condições de formação da competência, dentro de um processo evolutivo sustentado em longo prazo, através, sobretudo de um sistema de acompanhamento cuidadoso e dedicado, mais do que por notas, semestre a semestre. Avaliar não é apenas medir, mas, sobretudo sustentar o desempenho positivo dos alunos (...) não se avalia para estigmatizar, castigar, discriminar, mas para garantir o direito à oportunidade. As dificuldades devem ser transformadas em desafios, os percalços em retomadas e revisões, as insuficiências em alerta.” (DEMO, 2000, p. 97)

            Assim, é preciso que a avaliação seja diagnosticada processual e mediadora, envolvendo toda a comunidade escolar.
            O ato de avaliar é processual porque obedece a procedimentos ordenados, isto é, organiza o mundo como vai ser realizado. Deve ocorrer no dia-a-dia, não em momentos isolados, identificando passo a passo à construção de conhecimentos e dificuldades de aprendizagem do aluno, permitindo a correção dos desvios e intervenções imediatas, estimulando, através de mudanças de estratégias o caminho do aluno.
            A Lei de Diretrizes e Bases da Educação, sancionada em Dezembro de 1996, estabelece na seção II, referente à educação infantil, artigo 31 que: “(...) a avaliação far-se-á mediante o acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental.”
            Portanto, a avaliação é um elemento indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem das crianças.
            A busca de significado para a avaliação requer o conhecimento das concepções de educação infantil, das teorias de desenvolvimento e aprendizagem, das abordagens do processo educativo das quais se originam.
            O Centro Municipal de Educação Infantil tem como proposta ser uma escola inclusiva. Partindo do pressuposto de que a educação é para todos, busca-se reconhecimento e valorização da diversidade e das diferenças individuais como elementos intrínsecos e enriquecidos do processo escolar e a garantia do acesso e permanência do aluno na escola. Acredita-se, para tanto, que os sujeitos podem aprender juntos, embora com objetivos e processos diferentes, tendo em vista uma educação de qualidade. Conforme CARVALHO:
        “Especiais devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os procedimentos de ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem. Como esse enfoque tem procurado pensar no especial da educação, parecendo-nos mais recomendável do que atribuir essa característica ao alunado.” (2000, p. 17)

Tal conceito nos remete a mudanças significativas no contexto escolar no que se refere às questões pedagógicas, relacionais, administrativas e institucionais, garantindo a aprendizagem de todos os alunos, tendo em vista o respeito pela diferença. Nessa assertiva, CARVALHO (2000, p. 17) “(...) a diferença não é uma peculiaridade das pessoas com deficiências ou das superdotadas. Todos são absolutamente diferentes uns dos outros e de nós mesmos, à medida que crescemos e nos desenvolvemos. Somos todos especiais.”
            A inclusão de alunos/as com necessidades educacionais especiais implica redimensionamento curricular dos processos de ensino-aprendizagem, bem como do acesso aos diferentes espaços físicos da Instituição. Segundo Werneck (1999, p. 12-13):
        “Partindo da premissa de que quanto mais a criança interage espontaneamente com situações diferenciadas, mais ela adquire o genuíno conhecimento, fica fácil entender porque a segregação não é prejudicial apenas para o aluno com deficiência. A segregação prejudica a todos, porque impede que as crianças das escolas regulares tenham oportunidade de conhecer a vida humana com todas as suas dimensões e desafios. Sem bons desafios, como evoluir.”

            Dessa forma, o CEMEI busca organizar a prática pedagógica, possibilitando a individualização do ensino de acordo com as particularidades de todos os alunos. Pressupõe, sobretudo um trabalho de planejamento coletivo e de colaboração entre os profissionais, centrando-se no contexto do grupo, atendendo não só os alunos com necessidades educativas especiais, mas também as eventuais especificidades dos demais alunos, contribuindo, dessa forma, com o processo de inclusão escolar. As adaptações curriculares, tanto no que se refere às adaptações dos objetivos, dos métodos, como também da avaliação, ocorrem como uma das formas mais específicas de contemplar as necessidades individuais do aluno.
            Além disso, entende-se que as discussões a respeito da inclusão devem ser ampliadas e estendidas a toda comunidade escolar, para que haja o entendimento e respeito às diferenças, já que somos todos diferentes com um jeito próprio de pensar e agir. Assim, “(...) é preciso que tenhamos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos descaracteriza e o direito de sermos iguais quando a diferença nos inferioriza.” (SANTOS apud MONTOAN, 2003, p. 34).
            Na concepção construtivista-interacionista, de origem piagetiana, a criança constrói o conhecimento na sua interação com o objeto, entendido como o seu próprio corpo, as coisas, as pessoas, os animais, a natureza, os fenômenos do mundo físico em geral. Ao nascer cada criança traz consigo a possibilidade de aprendizagem, e que resultam em desenvolvimento desde suas experiências sobre o meio e das condições que este meio oferece.       
Para Vigotsky, sócio-interacionista, a ação da criança é também essencial para o seu desenvolvimento. Ela atribui significados aos objetos através da interação com os elementos de seu meio social. E mais, a criança participa ativamente da construção de sua própria cultura e de sua história, construindo conhecimento e constituindo sua identidade a partir de relações interpessoais.
           A lei 11.645/08 veio para desmistificar o que está inserido na nossa sociedade de forma disfarçada, o preconceito. Na lei informa a obrigatoriedade de incluir nas disciplinas de História, geografia, Literatura e artes de forma transdisciplinar, complementando sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena. A Lei 10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/08) aponta para a necessidade de trabalhar questões pertinentes à relação étnico-racial na Educação Básica. Embora a obrigatoriedade legal seja restrita ao Ensino Fundamental e Médio, o educador pode tornar possíveis propostas educativas que enfatizem aspectos da história e cultura afro-brasileira e indígena ainda na Educação Infantil.
           No CEMEI, estaremos atentos ao lúdico, além de estar sensível para a importância do faz de conta e explorar questões de atitude, cruciais para as relações étnico-raciais e para o desenvolvimento integral da criança. A utilização de brincadeiras como recurso pedagógico é uma excelente via para a efetivação das propostas de aprendizagem relacionadas à cooperação, à socialização de valores, respeito ao outro, superação das diferenças e aceitação do próprio ser.



6.2 MARCO SITUACIONAL

            A sociedade é constituída por diferentes modelos econômicos, políticos e sociais que foram construídos ao longo da história. E a influência que esta história nos traz, serve como base para o atual modelo de sociedade e também de educação.
            A educação está inserida em todo processo social que envolve o homem. Ela tem seu ponto de partida e chegada a pratica social.
            Dessa forma, faz-se necessário que os educadores tenham consciência de que ensinar já não significa repassar ou transferir saber, é necessário motivar o processo emancipatório com base no saber crítico, criativo, atualizado e competente.
            A comunidade escolar do CEMEI é heterogênea, proveniente de famílias de níveis sociais e econômicos diversos da nossa comunidade, predominando famílias onde pais, mães ou responsáveis trabalham fora, empregados no comércio, residências, construção civil, Prefeitura Municipal, etc.
            Nem todos os alunos pertencem à família com pais e mães, com recursos suficientes para uma vida digna. Normalmente verificam-se situações diversas: os pais estão separados e o aluno vive com um deles; o aluno vive com algum parente, que geralmente são os avôs, etc. Sendo assim, todos os esforços são despendidos para uma melhoria de qualidade de vida que, muitas vezes gera tensões e conflitos para a criança que se depara com duas realidades diferentes: de um lado, a família desestruturada e de outro, a escola que exige cumprimento de normas. Pode-se dizer então, que a escola tem buscado de várias maneiras promover a inclusão dessa diversidade cultural, na tentativa de diminuir essa dicotomia.
            A relação da escola com as famílias é boa, os pais participam dos eventos promovidos pela escola, e a grande maioria vem até a escola quando solicitada sua presença e também alguns vem espontaneamente para verificar aprendizagem e comportamento dos filhos sendo que nas reuniões de pais realizadas na escola constatamos um bom número de pais participantes, que nos ajudam na tomada de decisões e colaboram para a melhoria do ensino.
            Diante disso, conclui-se que em certo sentido, a escola sempre foi compulsória, pois foi nela que sempre se depositou a esperança e a confiança no desenvolvimento e na aprendizagem dos alunos daquilo que é necessário para todos na vida em sociedade e não só na escola. Na realidade, porém, as dificuldades existem e não podem ser negadas.
            Os profissionais são conscientes do seu papel na instituição e no ensino. Em discussões para elaboração desse documento observou-se que precisamos avançar em relação à formação continuada e no que diz respeito ao planejamento de ensino, porque o mesmo às vezes é realizado como sendo listagem de conteúdos conforme programação do livro didático. Não está bem definido o que é essencial e o que é acessório quanto aos conteúdos bem como a ligação com o contexto do aluno. Mas, sabe-se que haverá avanços significativos porque os profissionais são bem qualificados, isso faz com que a escola seja muito bem conceituada, onde todos se preocupam com uma educação de qualidade.
          A formação continuada para profissionais ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------.
        Os professores atualmente participam de --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------.
            As discussões realizadas sobre inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no sistema regular de ensino devem ser planejados e aplicados tendo em vista as diferenças dos alunos. Para que esse processo se efetive, são inúmeras as tarefas que se impõe. Dentre elas tem-se de primordial importância, a formação dos professores e funcionários que possam administrá-lo com domínio do conhecimento, com competência e com responsabilidade, porque se pode constatar que vivemos num momento histórico, resultado da relação entre o ideal profissional e o desejo de acertar, constrangidos por uma legislação que impõe uma mudança de hábitos e valores sem um preparo real, prévio, da comunidade docente, para as mudanças, bem como adaptações curriculares e arquitetônicas na escola.
            Esta inclusão deve atingir todos os alunos que apresentam características diferenciadas, garantindo assim, a todos a permanência na escola.

6.3 MARCO OPERACIONAL

            O Centro Municipal de Educação Infantil tem como princípio norteador do trabalho, a gestão democrática, sendo assim, as linhas de ação descritas aqui, foi decidido a partir de discussões e questionamentos à comunidade escolar, a fim de integrar na instituição a democracia de idéias e reflexões para construir a plena cidadania no âmbito escolar.
            Sendo assim, o trabalho na referida instituição dar-se-á de forma a reconhecer no aluno um sujeito histórico com conhecimentos prévios a serem valorizados pelo professor que estará instigando o aluno para transformar o conhecimento prévio em conhecimento científico.


7. ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O Centro Municipal de Educação Infantil funciona de segunda a sexta-feira. Atende uma clientela de aproximadamente 160 alunos, distribuídos em Jardim I e II em 02 turnos: Matutino, com início das aulas às 7h:00min e término às 11h:30min e Vespertino com início às 13h:00min e término às 17h:30min.

7.1 RECURSOS HUMANOS
CADASTRO DA EQUIPE TÉCNICA

ADMINISTRATIVO
FUNÇÃO
HABILITAÇÃO









APOIO
FUNÇÃO
HABILITAÇÃO










DOCENTES


HABILITAÇÃO










8. ESTRUTURA FÍSICA

As instalações físicas do Centro Municipal de Educação Infantil_____________________
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A instituição é um imóvel de porte pequeno onde podemos encontrar:


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  • ------------------------------------------------------------------------------------------------------
9. PROPOSTA CURRICULAR
9.1 (1ª PARTE) CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS ADOTADAS PELA ESCOLA

            A Educação Infantil tem assumido um grau de elevada importância na estrutura da educação, levando os diferentes sistemas de ensino a repensarem as suas ofertas. Pois se por um lado, há uma necessidade das famílias, de matricularem seus filhos cada vez mais cedo na escola, devido ao fator trabalho, há por outro lado uma mudança cultural, que enfatiza a importância deste nível de escolarização.
            Nesse sentido, é necessário atualizar a concepção de que a função da Educação Infantil seja a de cuidar das crianças. Esta atualização aponta para a construção de novos padrões de qualidade para este nível de ensino. Desse modo o CEMEI, alinha-se com o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), documento do Ministério da Educação, que afirma:

        “Essa qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos seus contextos sociais, ambientais, culturais, mas concretamente, nas interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais diversos linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a construção de uma identidade autônoma.” (BRASIL, 1998, p. 23)
            Assim, a nossa concepção é a de conduzir e orientar a criança no seu processo de crescimento e formação como pessoa, em todas as instâncias sociais, propiciando o seu desenvolvimento integral, de forma que todas, indiscriminadamente, tenham acesso aos elementos da cultura por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de interação.
            O Centro Municipal de Educação Infantil optou pela concepção sócio-construtivista, que propõe construir o conhecimento baseando-se nas relações dos alunos com a realidade, valorizando e aprofundando o conhecimento da criança. Nesta concepção a aprendizagem e desenvolvimento são produtos da interação social. A família e a escola são parceiras neste processo.
            Várias correntes aparecem nessa tendência integracionista com algumas implicações importantes para o ensino e a aprendizagem. Uma delas é a denominada de sociointeracionista construtivista e que envolve uma inter-relação entre as concepções Piagetianas e Vygotskianas. Nessas correntes destacam-se duas premissas básicas: o conhecimento é um processo socialmente construído através da interação do sujeito com o “outro”, torna-se possível a incorporação dos conhecimentos já sistematizados e o reconhecimento de sua determinação histórica, ao mesmo tempo em que esse mesmo sujeito se reconhece como participante do processo histórico de produção do conhecimento.
            Dessa forma o conhecimento e a inteligência vão se desenvolvendo dia a dia, num processo construtivo, onde as potencialidades da criança devem ser levadas em conta durante o processo de ensino aprendizagem.
            A educação infantil é uma das mais importantes fases do desenvolvimento da criança. Saber compreender as necessidades e demandas dessa faixa etária é importante para garantir uma educação eficiente e saudável. É por meio da relação inteira com a criança que o educador será capaz de estimulá-la a crescer.
            No CEMEI as crianças aprendem brincando, porque brincar é fundamental pra elas, é aí que se depara com os desafios que as levam a encontrar respostas para seu questionamento, em seguida, irem à busca de outros desafios. Brincando, jogando a criança cresce e amadurece,
            Sobre esta questão afirma Kishimoto:

        “O brinquedo propõe um mundo imaginário da criança e do adulto, criados do objeto lúdico. No caso da criança, o imaginário varia conforme a idade: para o pré-escolar de três anos está carregado de animismo; de cinco a seis anos, integra predominantemente elementos da realidade.” (KISHIMOTO, 2000, p. 19)

            Então a criança pequena aprende e desenvolve de forma integrada suas habilidades e competências que se manifesta desde a mais tenra idade. Enquanto brinca, ela pensa e fala, ativando todas as funções cognitivas. Durante a brincadeira, exercita seu pensamento resolvendo questões práticas, vivenciando sua fantasia e elaborando questões emocionais.
            Portanto, a escola passa a ser um espaço de interação. De transformação para o desenvolvimento potencial do aluno, aberta ao diálogo, onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia o processo ensino-aprendizagem. A criança é incentivada a desenvolver o senso de responsabilidade pelo próprio aprendizado.
Os conteúdos curriculares trabalhados na Educação Infantil, conforme orientam os RCNEI’s serão inseridos nos Eixos: Linguagem Oral e Escrita, Matemática, Natureza e Sociedade, Artes Visuais, Movimento e Música.
O currículo do município também passa a ter uma parte diversificada, conforme prevê a Lei 12.796/13, que altera o artigo 26º da LDB. As áreas a serem trabalhas são: Atividades Recreativas, Desenho, Brincar, Leitura, e Uso das Tecnologias da Informação e Comunicação.
O planejamento é uma questão inerente às pessoas. Como não podemos prever o futuro, o ser humano pode pensar e programar projetos de vida e ações, agindo no presente. Planejar é, sem dúvida, uma estratégia para sobreviver.
Segundo Vasconcellos, as escolas também planejam pelas mesmas razões: antecipar mentalmente uma ação a ser realizada de acordo com o previsto.
Planejar é uma tarefa complexa e exige visão estratégica e sistemática. O processo de planejamento deixa a escola mais bem preparada para enfrentar as incertezas oriundas do mundo globalizado.
Segundo Vasconcellos, “o fator decisivo para a significação do planejamento é a percepção por parte do sujeito da necessidade de mudança”. Esse pressuposto é de fundamental importância, pois quem não está comprometido não está querendo mudar nada e, dessa forma, não sente necessidade de planejar. Assim, o que acontecerá em sala de aula será mera reprodução.
O processo de planejamento do CEMEI acontece no início do ano letivo com a Jornada Pedagógica que tem como o objetivo proporcionar momentos de estudos, diálogos, trocas de experiências. No decorrer do ano letivo acontece acompanhamento individual e coletivo (ACS), a fim de realizar nossa prática pedagógica através da ação-reflexão-ação, selecionando conteúdos adequando-os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e recursos de ensino.
A proposta pedagógica deve contemplar a indissociabilidade entre o cuidar e o educar. Devemos pensar na educação de forma a desenvolver a criança como ser único e indivisível, o que veio reforçar os direitos das crianças de 0 a 6 anos em relação ao recebimento de uma educação de qualidade.
Por meio de um processo dinâmico, numa interação harmoniosa, onde haja liberdade, responsabilidade e respeito entre educadores e educando, que os alunos, sejam incentivados a expressar toda a sua capacidade criativa e possam desenvolver e aprimorar habilidades físicas e intelectuais, como elementos de auto-realização, preparando-os para o exercício consciente da cidadania.
O currículo se concretiza e se completa na pratica docente, na sala de aula, no espaço de aprendizagem, assim como na interação que ocorre entre o professor, o conteúdo e o aprendiz em um determinado espaço-tempo. As condições desenvolvidas pelo professor dentro do ambiente escolar são de fundamental importância para que ele possa programar sua prática pedagógica. Além das condições para que o processo ensino e aprendizagem ocorram, o professor deve criar atividades ou tarefas pelas quais, através da mediação e dos meios simbólicas, possa operacionalizar a internalização dos conteúdos. Portanto, o professor, enquanto agente desse processo, deve proporcionar diferentes formas de compreensão e consolidação da aprendizagem dos conteúdos prescritos.
A escola estabelece seus princípios e valores a partir da forma como leva a seus alunos suas propostas de ação e atuação junto à sociedade. Para tanto, ela se utiliza de uma seqüência de conhecimentos ou conteúdos que devem levar os alunos a aprender e transformar seu mundo.

Valorizar diferentes raças e gêneros e pessoas com deficiência é trabalho para todo dia. Materiais adequados são um bom aliado nessa tarefa. Preconceitos, rótulos, discriminação. É inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade - e não apenas em projetos com duração definida ou em datas comemorativas, como ainda é habitual em vários lugares.

PROPOSTA CURRICULAR - PLANO ANUAL 4 E 5 ANOS



Ver postagem antigas com EIXOS CURRICULARES, conteúdos e objetivos.


MATRIZ CURRICULAR

MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO INFANTIL

EIXOS CURRICULARES
CARGA HORÁRIA SEMANAL
Pré-Escolar I
Pré-Escolar II
Conhecimento do Mundo
Linguagem Oral e Escrita


Movimento


Arte


Natureza e Sociedade


Matemática


Música


Carga Horária Total






















9.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ADOTADOS PELA ESCOLA

            A lei nº 9,394/96, artigo 31 pronuncia-se a respeito da avaliação na educação infantil: “Na educação infantil a avaliação far-se-á mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”. A proposta de avaliação do CEMEI tem como princípio fundamental conhecer as crianças, considerando a faixa etária e as características próprias da infância, acompanhar o desenvolvimento dela, fazendo a análise e a reflexão das dificuldades de aprendizagem, planejar novas situações de aprendizagem para superação das dificuldades e, ainda, propor formas e metodologias de avaliação adequadas ao seu desenvolvimento, a fim de verificar o que não aprenderam e por que não aprenderam. É preciso identificar os avanços no processo de aprender, assim como se faz necessário que as dificuldades das crianças sejam identificadas e as possibilidades de superação sejam propostas.
Com a avaliação formativa, é possível acompanhar e valorizar a evolução de todos os alunos, observando diferentes habilidades: física, afetiva, sexual, cognitiva, ética, estética, de relação intra e interpessoal. Essa avaliação parte do pressuposto de que cada criança possui um ritmo próprio e uma forma de aprender.  A avaliação não deve existir como forma de atribuir valores ao aprendizado das crianças, mas como uma ferramenta que propicia a coleta de informações que sinalizará a necessidade de alteração ou não no planejamento e na forma de intervenção do professor e, talvez, até da postura da instituição educacional. Por se tratar de um instrumento, a avaliação é baseada em um conjunto de observação e registros feitos diariamente, enquanto as crianças realizam suas atividades. Todos os registros devem descrever o comportamento das crianças, e não as interpretações do observador.
A avaliação do CEMEI  é feita da seguinte forma: o professor ira registrar no Diário de Bordo os acontecimentos que considerar relevante na trajetória do aluno, facilitando a elaboração dos relatórios individuais das crianças que no final de cada semestre usará essas informações para formular o relatório de cada criança. Esses relatórios deverão ter duas cópias: uma irá juntamente com as atividades para a família e outra deverá ficar registrada no diário de classe.
Esse instrumento proporciona a coleta de informações objetivas sobre cada criança e também contribui para a avaliação da eficácia do planejamento pedagógico e das intervenções realizadas pelo professor.


11. IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO

            Este é um Projeto que não se encerra aqui. É preciso ser analisado, discutido e aperfeiçoado bimestralmente ou sempre que necessário. O acompanhamento e avaliação do Projeto Político Pedagógico serão feito através da participação coletiva de todos os elementos que fazem parte da comunidade escolar, a fim de que estes colaborem no desempenho no desenrolar do desempenho do processo educativo. Na análise das decisões tomadas no desencadeamento das ações propostas dos resultados obtidos, dos desvios identificados e conseqüentemente proposições de alternativas para correção desses desvios.
            Sendo o Projeto Político Pedagógico com plano flexível, estará sujeito a sofrer alterações.
            A comunidade escolar deve assumir o compromisso de não só participar da elaboração deste Projeto Político Pedagógico, como também acompanhar a execução do mesmo, sendo que as assembléias gerais serão o órgão máximo das decisões.
            É preciso ser analisado, discutido e aperfeiçoado bimestralmente ou sempre que necessário.
            Diante desse processo vivenciado por toda comunidade escolar temos clareza da complexidade e da importância na construção e reelaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico. Que o nosso Projeto efetivamente deixe de ser visto como função burocrática, formalista e autoritária, mas seja assumido como forma de resgate do trabalho coletivo.
            Em suma, as grandes mudanças nunca se efetivarão, se não tivermos coragem de dar os primeiros passos. É significativamente um processo de luta contra entraves político-burocráticos e a limitação de tempo para construir nosso Projeto.

12. CONSIDERAÇÕES FINAIS

            A realização deste trabalho busca contemplar o estudo bibliográfico e pesquisa de campo, considerando que a escola precisa de fato definir sua organização pedagógica e administrativa, através da elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico.
            O Projeto Político Pedagógico tem suscitado muitos debates e discussões entre as mais diversas instâncias educativas. Por meio dele tem-se a possibilidade de vislumbrar um ensino de melhor qualidade, quando é possível experimentar o exercício do pensar, elaborar e operacionalizar o funcionamento da escola com autonomia.
            Concordamos com Veiga (2001:33), quando afirma: “É preciso entender o Projeto Político Pedagógico da escola como uma reflexão do seu cotidiano. Para tanto, ele precisa de um tempo razoável de reflexão-ação, para se ter um mínimo necessário a consolidação de sua proposta.”
            Nota-se que o Projeto Político Pedagógico, requer continuidade das ações, descentralização, democratização do processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de avaliação de cunho emancipatório.
            Pensando assim, apresentamos aqui os nossos estudos, pesquisas e contribuições para todos aqueles que desejarem construir o caminho da prática pedagógica coletiva. Contudo, este não pode ser visto como uma fórmula, mas uma reaproximação de existência do coletivo inserido na comunidade educativa chamada Escola.
            A avaliação do Projeto Político, de acordo com a filosofia do CEMEI-IV, ocorrerá de maneira sistemática com os seguintes objetivos:
  • Avaliar o desempenho dos alunos e do corpo técnico pedagógico e docente no cotidiano escolar;
  • Verificar até que ponto os objetivos foram atendidos e apresentar soluções para encaminhamento;
  • Analisar os indicadores pedagógicos, observando a evolução das matrículas, resultados dos diagnósticos de aprendizagem escolar e evasão;
  • Analisar objetivos e metas estabelecidas pela escola;
  • Avaliar por semestre como estão se desenvolvendo as ações do processo para corrigi-las;
  • Realizar no final do ano uma avaliação para verificar se os objetivos definidos no Projeto Político foram alcançados.
Este documento deve ser utilizado por todos os professores, equipe técnica e pessoal de apoio no seu dia a dia.

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