“Investir na criança de hoje é ter
certeza de melhores dias no futuro de nosso país.”
Monteiro Lobato
SUMÁRIO
1.
APRESENTAÇÃO.....................................................................................5
|
|||||||||||||
2. IDENTIFICAÇÃO DA
UNIDADE ESCOLAR.............................................7
|
|||||||||||||
3. JUSTIFICATIVA........................................................................................9
4. VISÃO......................................................................................................10
4.1 MISSÃO.................................................................................................10
5. OBJETIVOS.............................................................................................10
5.1 GERAL...................................................................................................10
5.2 ESPECÍFICOS.......................................................................................10
6.
PRINCÍPIOS EDUCATIVOS....................................................................11
6.1
MARCO REFERENCIAL.......................................................................11
6.2
MARCO SITUACIONAL........................................................................18
6.3
MARCO OPERACIONAL......................................................................21
7.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL.........................................................21
7.1
RECURSOS HUMANOS........................................................................22
8
ESTRUTURA FÍSICA................................................................................24
9
PROPOSTA CURRICULAR.....................................................................24
9.1
(1ª PARTE) CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS ADOTADAS PELA ESCOLA.......................................................................................................24
9.2
MATRIZ CURRICULAR.........................................................................67
9.3
CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ADOTADOS PELA ESCOLA...........................................................................................68
10.
PLANO DE AÇÃO.................................................................................69
10.1
METAS E AÇÕES................................................................................69
11.
IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO....72
12.
CONSIDERAÇÕES FINAIS...................................................................73
13.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS......................................................75
2.
IDENTIFICAÇÃO DA UNIDADE ESCOLAR
Entidade Mantenedora:
Unidade Escolar:
Endereço:
Cursos que oferece:
Estrutura Física:
O
Centro Municipal de Educação Infantil foi criado em _____ para atender a
carência da comunidade, ____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
____________________________________________________________
6.1
MARCO REFERENCIAL
A
construção da cidadania envolve um processo ideológico de formação pessoal e de
reconhecimento desse processo em termos de direitos e deveres.
A escola inserida no contexto social
inscreve-se como a instituição que oportuniza a vivência de experiências
culturais mais amplas e diversificadas. A família, o simples convívio social,
os meios de comunicação e, até mesmo, o trabalho, nem sempre possuem condições
de propiciar essa vivência.
A ação educativa do CEMEI apresenta
como proposta pedagógica a premissa de que o conhecimento é construído nas
discussões coletivas e que as relações de aprendizagem possibilitam a
reversibilidade de papéis no ato de ensinar e aprender. Nesse sentido, CANÁRIO
(2006, p. 11) indica que:
“(...)
O Objetivo seria que cada escola pudesse transformar-se em um centro de
educação permanente, profundamente enraizada no contexto local e capaz de fazer
interagir múltiplos tipos de aprendentes. O que está em causa é fazer da escola
um lugar onde todos possam aprender e se tornem habituais situações de
reversibilidade dos papéis de ensinar e aprender (...)”
A escola insere-se, dialeticamente,
na sociedade e, por isso, os/as alunos/as não estão num dado momento, sendo
preparados/as para a vida e em outro vivendo. A aprendizagem precisa acontecer
a partir de problemas reais. Assim, educar é mais que reproduzir conhecimento.
É, sobretudo, responder aos desafios da sociedade na busca da transformação.
Portanto, “os sujeitos que hoje vão à escola constituem uma população altamente
diversificada, o que gera a necessidade de prestar atenção às diferentes
maneiras de interpretar o mundo, o conhecimento e as relações sociais.”
(MENEZES, 2006)
Além de ser um espaço de
conhecimento sistematizado, a escola a partir de sua prática diária, busca a
superação de preconceitos e combate às atitudes discriminatórias. Da mesma
forma o espaço de convivência de crianças e jovens de origens e níveis
socioeconômicos diferentes, com costumes, dogmas religiosos e visões de mundo
compõem a diversidade da escola.
Nesse sentido, o grande desafio da
escola é dar condições aos alunos de se tornarem cidadãos conscientes,
organizados e participativos do processo de construção político, social e
cultural. E, para que tal procedimento se torne realidade, toda a comunidade
escolar deve se esforçar com responsabilidade o que possibilitará a todas as
crianças uma educação integral e de qualidade.
Considerando o homem um ser social,
ele atua e interfere na sociedade, se encontra com o outro nas relações
familiares, comunitárias, produtivas e também na organização política,
garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da
sociedade.
Partindo do pressuposto que o homem
constitui-se um ser histórico, faz-se necessário compreendê-lo em suas relações
inerentes à natureza humana. O homem é antes de tudo, um ser de vontade, um ser
que se pronuncia sobre a realidade.
A educação é uma prática social, uma
atividade específica dos homens situando-os dentro da história, ela não muda o
mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua ação na sociedade.
A questão ambiental tem
sido motivo de grande preocupação devido a inúmeros desequilíbrios ecológicos
provocados pelas ações humanas. Para que ocorra uma mudança de postura e de
atitudes é preciso promover ações sociais que desenvolvam a sensibilização e a
conscientização através da Educação ambiental. A Educação ambiental em si, é
regulada pela Política Nacional de Educação Ambiental - PNEA, instituída pela
Lei nº 9795, de abril de 1999. Por tratar-se de uma ação que está ligada à
formação do homem, do ser social, do cidadão e entendendo que esta formação
inicia-se desde os primeiros períodos da vida, torna-se relevante um diálogo
que envolva este processo desde a Educação Infantil.
Inserir a Educação Ambiental às atividades escolares rotineiras nada mais
é do que tomar como foco principal de toda e qualquer atividade, a questão
ambiental que esteja inserida no contexto do conteúdo que está sendo
desenvolvido. Assim como as questões ambientais, a educação ambiental precisa
dissociar-se das técnicas mecanicistas e descontextualizadas.
Conforme
Freire (2003, p. 59), “O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é
sempre intencionado, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa.”
O CEMEI poderá dessa forma, não apenas contribuir
significamente para a democratização da sociedade, como também ser um lugar
privilegiado para o exercício da democracia participativa, de uma cidadania
consciente e comprometida com os interesses da maioria socialmente excluída.
Assim sendo, o conhecimento humano
adquire diferentes formas: senso comum, científico, teológico e estético,
pressupondo diferentes concepções, muitas vezes antagônicas que o homem tem
sobre si, sobre o mundo e sobre o conhecimento.
Nesse sentido, as relações dentro da
escola têm sido influenciadas de maneira decisiva pela sociedade atual, pois
como afirma Gadotti (1998, p. 20) “a escola está mergulhada na sociedade. São
os sistemas sociais, políticos e econômicos que determinam os sistemas que se
exprimem através dos educandos.”
Isso fez com que a escola assumisse
responsabilidades que primariamente caberia a família, o que tem dificultado a
relação entre a escola e a comunidade, que não mais se enxergam como parceiro e
sim como rivais. Em meio a esta conjuntura de incertezas e dificuldades, cabe à
escola enquanto instituição formadora, em face desta realidade, repensar e
atualizar suas práticas pedagógicas, pois não se pode mais pensar em
escolarização formal frente a crescente e acelerada avalanche de informações e
de conhecimentos.
A LDBEN 9394/96 no seu artigo 2º
explicita a necessidade dessa relação quando afirma que: “A educação, é dever
da família e do Estado (...)”.
A concepção de currículo, adotada
pelo CEMEI pretende ultrapassar a estrutura linear e
compartimentalizada das disciplinas isoladas e desarticuladas. Assim, busca
relações de reciprocidade e colaboração entre as diversas áreas em uma atitude
dialógica e cooperativa permanente, necessária à compreensão das múltiplas
relações que constituem o mundo da vida, no qual os sujeitos, mediados pela
comunicação, organizam-se e interagem construindo saber, cultura e condições
necessárias à existência. Corrobora com essa idéia FERRAÇO:
“Pensar
os currículos de uma escola pressupõe, então, viver seu cotidiano que inclui,
além do que é formal e tradicionalmente estudado, toda uma dinâmica das
relações estabelecidas, ou seja, para se poder falar dos currículos praticados
nas escolas, é necessário estudar os hibridismos culturais vividos nos
cotidianos.” (2006, p. 10)
O currículo deve redimensionar,
constantemente, os espaços e tempos escolares, revendo concepções e práticas
pedagógicas. Nesse contexto, a formação permanente dos/as educadores é
indispensável, promovendo a cooperação entre os implicados no processo
educativo, possibilitando mudanças, a partir de uma práxis reflexiva, tendo em
vista a qualificação do processo ensino-aprendizagem.
Todo o processo de educação escolar,
por ser intencional e sistemático, implica a elaboração e realização de um
programa de experiências pedagógicas a serem vivenciadas em sala de aula, na
escola e fora dela. O currículo é entendido aqui como o conjunto dessas
atividades, carregadas de sentido, com uma intencionalidade educativa, capaz de
indicar os caminhos, admitindo mudanças, atalhos, alterações significativas em
busca da aprendizagem de todos os alunos. Assim, a educação ultrapassa a
reprodução de saberes e fazeres, possibilitando a troca de experiências e a
construção de aprendizagens significativas.
A
nova lei, que ficou com o número 11.525-07, altera a Lei de Diretrizes e Bases
da Educação Nacional (9.394/96) e estabelece que o Estatuto da Criança e do
Adolescente seja a principal fonte desse novo conteúdo a ser ministrado. Os
preceitos contidos na ECA deverão ser transmitidos aos alunos pelos professores
das disciplinas já existentes, não havendo a necessidade da criação de uma nova
matéria só para tratar desse tema.
A criança aprende brincando e todos os
conteúdos poderão ser ensinados através das brincadeiras e jogos, em atividades
predominantemente lúdicas.
Dessa forma, o currículo está
diretamente relacionado ao contexto sócio-político-cultural e, assim, é
construída de forma dinâmica e participativa através de uma abordagem
interdisciplinar, tendo em vista prioritariamente, a formação do cidadão
comprometido eticamente com a transformação da sociedade.
Portanto, a escola deve procurar
caminhos para desenvolver as diferentes áreas do conhecimento de forma criativa
e interdisciplinar, sempre atenta aos interesses das crianças aliando a isso a
ampliação de suas experiências e sua inserção cultural.
Diante de tudo o que foi exposto
anteriormente muda também a concepção de gestão, que deixa de ser centralizada
e autoritária e passa a ser democrática e descentralizada aprimorando assim a
qualidade educacional, redistribuindo responsabilidades e promovendo a
participação de todos os membros nas decisões da escola. A participação aparece
então como o principal meio de assegurar a gestão democrática já que ela é um
processo que não tem fim, porque está sempre se fazendo, é uma contínua,
conforme descrito por Demo (2001). Assim sendo, tal prática trás satisfação e
comprometimento de toda a equipe escolar.
Nessa nova visão de gestão, o
diretor deve criar condições favoráveis que facilitem a participação
significativa, na solução de problemas análise de situações, impulsionando os
agentes envolvidos a programar e elaborar roteiro que ajudem a assegurar a
aprendizagem concreta e significativa dos educando, foco vital de uma
comunidade escolar, e ao mesmo tempo não deixando que percam de vista seus
próprios interesses, talentos e sonhos.
Diante disso, o CEMEI objetiva
oferecer oportunidades para que as crianças adquiram competências e habilidades
no manejo de produção do conhecimento para enfrentamento de desafios e busca de
soluções.
A avaliação deve ser entendida como
suporte do processo decisório da gestão da educação básica, bem como da relação
ensino-aprendizagem nela desenvolvida. Esta concepção de avaliação como
processo decisório:
“Busca-se
avaliar as condições de formação da competência, dentro de um processo
evolutivo sustentado em longo prazo, através, sobretudo de um sistema de
acompanhamento cuidadoso e dedicado, mais do que por notas, semestre a
semestre. Avaliar não é apenas medir, mas, sobretudo sustentar o desempenho
positivo dos alunos (...) não se avalia para estigmatizar, castigar,
discriminar, mas para garantir o direito à oportunidade. As dificuldades devem
ser transformadas em desafios, os percalços em retomadas e revisões, as
insuficiências em alerta.” (DEMO, 2000, p. 97)
Assim, é preciso que a avaliação
seja diagnosticada processual e mediadora, envolvendo toda a comunidade
escolar.
O ato de avaliar é processual porque
obedece a procedimentos ordenados, isto é, organiza o mundo como vai ser
realizado. Deve ocorrer no dia-a-dia, não em momentos isolados, identificando
passo a passo à construção de conhecimentos e dificuldades de aprendizagem do
aluno, permitindo a correção dos desvios e intervenções imediatas, estimulando,
através de mudanças de estratégias o caminho do aluno.
A Lei de Diretrizes e Bases da
Educação, sancionada em Dezembro de 1996, estabelece na seção II, referente à
educação infantil, artigo 31 que: “(...) a avaliação far-se-á mediante o
acompanhamento e registro do seu desenvolvimento, sem o objetivo de promoção,
mesmo para o acesso ao ensino fundamental.”
Portanto, a avaliação é um elemento
indissociável do processo educativo que possibilita ao professor definir
critérios para planejar as atividades e criar situações que gerem avanços na aprendizagem
das crianças.
A busca de significado para a
avaliação requer o conhecimento das concepções de educação infantil, das
teorias de desenvolvimento e aprendizagem, das abordagens do processo educativo
das quais se originam.
O Centro Municipal de Educação
Infantil tem como proposta ser uma escola inclusiva. Partindo do pressuposto
de que a educação é para todos, busca-se reconhecimento e valorização da
diversidade e das diferenças individuais como elementos intrínsecos e
enriquecidos do processo escolar e a garantia do acesso e permanência do aluno
na escola. Acredita-se, para tanto, que os sujeitos podem aprender juntos,
embora com objetivos e processos diferentes, tendo em vista uma educação de
qualidade. Conforme CARVALHO:
“Especiais
devem ser consideradas as alternativas educativas que a escola precisa
organizar, para que qualquer aluno tenha sucesso; especiais são os
procedimentos de ensino; especiais são as estratégias que a prática pedagógica
deve assumir para remover barreiras para a aprendizagem. Como esse enfoque tem
procurado pensar no especial da educação, parecendo-nos mais recomendável do
que atribuir essa característica ao alunado.” (2000, p. 17)
Tal
conceito nos remete a mudanças significativas no contexto escolar no que se
refere às questões pedagógicas, relacionais, administrativas e institucionais,
garantindo a aprendizagem de todos os alunos, tendo em vista o respeito pela
diferença. Nessa assertiva, CARVALHO (2000, p. 17) “(...) a diferença não é uma
peculiaridade das pessoas com deficiências ou das superdotadas. Todos são
absolutamente diferentes uns dos outros e de nós mesmos, à medida que crescemos
e nos desenvolvemos. Somos todos especiais.”
A inclusão de alunos/as com
necessidades educacionais especiais implica redimensionamento curricular dos
processos de ensino-aprendizagem, bem como do acesso aos diferentes espaços
físicos da Instituição. Segundo Werneck (1999, p. 12-13):
“Partindo
da premissa de que quanto mais a criança interage espontaneamente com situações
diferenciadas, mais ela adquire o genuíno conhecimento, fica fácil entender
porque a segregação não é prejudicial apenas para o aluno com deficiência. A
segregação prejudica a todos, porque impede que as crianças das escolas
regulares tenham oportunidade de conhecer a vida humana com todas as suas
dimensões e desafios. Sem bons desafios, como evoluir.”
Dessa forma, o CEMEI busca
organizar a prática pedagógica, possibilitando a individualização do ensino de
acordo com as particularidades de todos os alunos. Pressupõe, sobretudo um
trabalho de planejamento coletivo e de colaboração entre os profissionais,
centrando-se no contexto do grupo, atendendo não só os alunos com necessidades
educativas especiais, mas também as eventuais especificidades dos demais
alunos, contribuindo, dessa forma, com o processo de inclusão escolar. As
adaptações curriculares, tanto no que se refere às adaptações dos objetivos,
dos métodos, como também da avaliação, ocorrem como uma das formas mais
específicas de contemplar as necessidades individuais do aluno.
Além disso, entende-se que as
discussões a respeito da inclusão devem ser ampliadas e estendidas a toda
comunidade escolar, para que haja o entendimento e respeito às diferenças, já
que somos todos diferentes com um jeito próprio de pensar e agir. Assim, “(...)
é preciso que tenhamos o direito de sermos diferentes quando a igualdade nos
descaracteriza e o direito de sermos iguais quando a diferença nos
inferioriza.” (SANTOS apud MONTOAN, 2003, p. 34).
Na concepção construtivista-interacionista,
de origem piagetiana, a criança constrói o conhecimento na sua interação com o
objeto, entendido como o seu próprio corpo, as coisas, as pessoas, os animais,
a natureza, os fenômenos do mundo físico
Para
Vigotsky, sócio-interacionista, a ação da criança é também essencial para o seu
desenvolvimento. Ela atribui significados aos objetos através da interação com
os elementos de seu meio social. E mais, a criança participa ativamente da
construção de sua própria cultura e de sua história, construindo conhecimento e
constituindo sua identidade a partir de relações interpessoais.
A lei 11.645/08 veio para
desmistificar o que está inserido na nossa sociedade de forma disfarçada, o
preconceito. Na lei informa a obrigatoriedade de incluir nas disciplinas de
História, geografia, Literatura e artes de forma transdisciplinar,
complementando sobre a história e cultura afro-brasileira e indígena. A Lei
10.639/03 (alterada pela Lei 11.645/08) aponta para a necessidade de trabalhar
questões pertinentes à relação étnico-racial na Educação Básica. Embora a
obrigatoriedade legal seja restrita ao Ensino Fundamental e Médio, o educador
pode tornar possíveis propostas educativas que enfatizem aspectos da história e
cultura afro-brasileira e indígena ainda na Educação Infantil.
No CEMEI, estaremos atentos ao lúdico, além
de estar sensível para a importância do faz de conta e explorar questões de
atitude, cruciais para as relações étnico-raciais e para o desenvolvimento
integral da criança. A utilização de brincadeiras como recurso pedagógico é uma
excelente via para a efetivação das propostas de aprendizagem relacionadas à
cooperação, à socialização de valores, respeito ao outro, superação das
diferenças e aceitação do próprio ser.
6.2
MARCO SITUACIONAL
A sociedade é constituída por
diferentes modelos econômicos, políticos e sociais que foram construídos ao
longo da história. E a influência que esta história nos traz, serve como base
para o atual modelo de sociedade e também de educação.
A educação está inserida em todo
processo social que envolve o homem. Ela tem seu ponto de partida e chegada a
pratica social.
Dessa forma, faz-se necessário que
os educadores tenham consciência de que ensinar já não significa repassar ou
transferir saber, é necessário motivar o processo emancipatório com base no
saber crítico, criativo, atualizado e competente.
A comunidade escolar do CEMEI é
heterogênea, proveniente de famílias de níveis sociais e econômicos diversos da
nossa comunidade, predominando famílias onde pais, mães ou responsáveis
trabalham fora, empregados no comércio, residências, construção civil,
Prefeitura Municipal, etc.
Nem todos os alunos pertencem à
família com pais e mães, com recursos suficientes para uma vida digna.
Normalmente verificam-se situações diversas: os pais estão separados e o aluno
vive com um deles; o aluno vive com algum parente, que geralmente são os avôs,
etc. Sendo assim, todos os esforços são despendidos para uma melhoria de
qualidade de vida que, muitas vezes gera tensões e conflitos para a criança que
se depara com duas realidades diferentes: de um lado, a família desestruturada
e de outro, a escola que exige cumprimento de normas. Pode-se dizer então, que
a escola tem buscado de várias maneiras promover a inclusão dessa diversidade
cultural, na tentativa de diminuir essa dicotomia.
A relação da escola com as famílias
é boa, os pais participam dos eventos promovidos pela escola, e a grande
maioria vem até a escola quando solicitada sua presença e também alguns vem
espontaneamente para verificar aprendizagem e comportamento dos filhos sendo
que nas reuniões de pais realizadas na escola constatamos um bom número de pais
participantes, que nos ajudam na tomada de decisões e colaboram para a melhoria
do ensino.
Diante disso, conclui-se que em
certo sentido, a escola sempre foi compulsória, pois foi nela que sempre se
depositou a esperança e a confiança no desenvolvimento e na aprendizagem dos
alunos daquilo que é necessário para todos na vida em sociedade e não só na
escola. Na realidade, porém, as dificuldades existem e não podem ser negadas.
Os profissionais são conscientes do
seu papel na instituição e no ensino. Em discussões para elaboração desse
documento observou-se que precisamos avançar em relação à formação continuada e
no que diz respeito ao planejamento de ensino, porque o mesmo às vezes é
realizado como sendo listagem de conteúdos conforme programação do livro
didático. Não está bem definido o que é essencial e o que é acessório quanto
aos conteúdos bem como a ligação com o contexto do aluno. Mas, sabe-se que
haverá avanços significativos porque os profissionais são bem qualificados,
isso faz com que a escola seja muito bem conceituada, onde todos se preocupam
com uma educação de qualidade.
A formação continuada para
profissionais ------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------.
Os professores atualmente participam de --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------.
As discussões realizadas sobre
inclusão dos alunos com necessidades educativas especiais no sistema regular de
ensino devem ser planejados e aplicados tendo em vista as diferenças dos
alunos. Para que esse processo se efetive, são inúmeras as tarefas que se
impõe. Dentre elas tem-se de primordial importância, a formação dos professores
e funcionários que possam administrá-lo com domínio do conhecimento, com
competência e com responsabilidade, porque se pode constatar que vivemos num
momento histórico, resultado da relação entre o ideal profissional e o desejo
de acertar, constrangidos por uma legislação que impõe uma mudança de hábitos e
valores sem um preparo real, prévio, da comunidade docente, para as mudanças, bem
como adaptações curriculares e arquitetônicas na escola.
Esta inclusão deve atingir todos os
alunos que apresentam características diferenciadas, garantindo assim, a todos
a permanência na escola.
6.3
MARCO OPERACIONAL
O Centro Municipal de Educação
Infantil tem como princípio norteador do trabalho, a gestão democrática,
sendo assim, as linhas de ação descritas aqui, foi decidido a partir de
discussões e questionamentos à comunidade escolar, a fim de integrar na
instituição a democracia de idéias e reflexões para construir a plena cidadania
no âmbito escolar.
Sendo assim, o trabalho na referida
instituição dar-se-á de forma a reconhecer no aluno um sujeito histórico com
conhecimentos prévios a serem valorizados pelo professor que estará instigando
o aluno para transformar o conhecimento prévio em conhecimento científico.
7.
ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
O
Centro Municipal de Educação Infantil funciona de segunda a sexta-feira.
Atende uma clientela de aproximadamente 160 alunos, distribuídos em Jardim I e
II em 02 turnos: Matutino, com início das aulas às 7h:00min e término às
11h:30min e Vespertino com início às 13h:00min e término às 17h:30min.
7.1
RECURSOS HUMANOS
CADASTRO
DA EQUIPE TÉCNICA
|
DOCENTES |
HABILITAÇÃO
|
8.
ESTRUTURA FÍSICA
As
instalações físicas do Centro Municipal de Educação Infantil_____________________
---------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------.
A
instituição é um imóvel de porte pequeno onde podemos encontrar:
- ------------------------------------------------------------------------------------------------------
- ------------------------------------------------------------------------------------------------------
- ------------------------------------------------------------------------------------------------------
9.
PROPOSTA CURRICULAR
9.1
(1ª PARTE) CONCEPÇÕES PEDAGÓGICAS ADOTADAS PELA ESCOLA
A Educação Infantil tem assumido um
grau de elevada importância na estrutura da educação, levando os diferentes sistemas
de ensino a repensarem as suas ofertas. Pois se por um lado, há uma necessidade
das famílias, de matricularem seus filhos cada vez mais cedo na escola, devido
ao fator trabalho, há por outro lado uma mudança cultural, que enfatiza a
importância deste nível de escolarização.
Nesse sentido, é necessário
atualizar a concepção de que a função da Educação Infantil seja a de cuidar das
crianças. Esta atualização aponta para a construção de novos padrões de
qualidade para este nível de ensino. Desse modo o CEMEI, alinha-se com o
Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil (RCNEI), documento do
Ministério da Educação, que afirma:
“Essa
qualidade advém de concepções de desenvolvimento que consideram as crianças nos
seus contextos sociais, ambientais, culturais, mas concretamente, nas
interações e práticas sociais que lhes fornecem elementos relacionados às mais
diversos linguagens e ao contato com os mais variados conhecimentos para a
construção de uma identidade autônoma.” (BRASIL, 1998, p. 23)
Assim, a nossa concepção é a de
conduzir e orientar a criança no seu processo de crescimento e formação como
pessoa, em todas as instâncias sociais, propiciando o seu desenvolvimento
integral, de forma que todas, indiscriminadamente, tenham acesso aos elementos
da cultura por meio de aprendizagens diversificadas, realizadas em situações de
interação.
O Centro Municipal de Educação
Infantil optou pela concepção sócio-construtivista, que propõe construir o
conhecimento baseando-se nas relações dos alunos com a realidade, valorizando e
aprofundando o conhecimento da criança. Nesta concepção a aprendizagem e
desenvolvimento são produtos da interação social. A família e a escola são
parceiras neste processo.
Várias correntes aparecem nessa
tendência integracionista com algumas implicações importantes para o ensino e a
aprendizagem. Uma delas é a denominada de sociointeracionista construtivista e
que envolve uma inter-relação entre as concepções Piagetianas e Vygotskianas.
Nessas correntes destacam-se duas premissas básicas: o conhecimento é um
processo socialmente construído através da interação do sujeito com o “outro”,
torna-se possível a incorporação dos conhecimentos já sistematizados e o
reconhecimento de sua determinação histórica, ao mesmo tempo em que esse mesmo
sujeito se reconhece como participante do processo histórico de produção do
conhecimento.
Dessa forma o conhecimento e a
inteligência vão se desenvolvendo dia a dia, num processo construtivo, onde as
potencialidades da criança devem ser levadas em conta durante o processo de
ensino aprendizagem.
A educação infantil é uma das mais
importantes fases do desenvolvimento da criança. Saber compreender as
necessidades e demandas dessa faixa etária é importante para garantir uma
educação eficiente e saudável. É por meio da relação inteira com a criança que
o educador será capaz de estimulá-la a crescer.
No CEMEI as crianças aprendem
brincando, porque brincar é fundamental pra elas, é aí que se depara com os
desafios que as levam a encontrar respostas para seu questionamento, em
seguida, irem à busca de outros desafios. Brincando, jogando a criança cresce e
amadurece,
Sobre esta questão afirma Kishimoto:
“O
brinquedo propõe um mundo imaginário da criança e do adulto, criados do objeto
lúdico. No caso da criança, o imaginário varia conforme a idade: para o
pré-escolar de três anos está carregado de animismo; de cinco a seis anos,
integra predominantemente elementos da realidade.” (KISHIMOTO, 2000, p. 19)
Então a criança pequena aprende e
desenvolve de forma integrada suas habilidades e competências que se manifesta
desde a mais tenra idade. Enquanto brinca, ela pensa e fala, ativando todas as
funções cognitivas. Durante a brincadeira, exercita seu pensamento resolvendo
questões práticas, vivenciando sua fantasia e elaborando questões emocionais.
Portanto, a escola passa a ser um
espaço de interação. De transformação para o desenvolvimento potencial do
aluno, aberta ao diálogo, onde a intervenção pedagógica intencional desencadeia
o processo ensino-aprendizagem. A criança é incentivada a desenvolver o senso
de responsabilidade pelo próprio aprendizado.
Os conteúdos curriculares trabalhados na Educação Infantil, conforme
orientam os RCNEI’s serão inseridos nos Eixos: Linguagem Oral e Escrita, Matemática,
Natureza e Sociedade, Artes Visuais, Movimento e Música.
O currículo do município
também passa a ter uma parte diversificada, conforme prevê a Lei 12.796/13, que
altera o artigo 26º da LDB. As áreas a serem trabalhas são: Atividades
Recreativas, Desenho, Brincar, Leitura, e Uso das Tecnologias da Informação e
Comunicação.
O planejamento é uma
questão inerente às pessoas. Como não podemos prever o futuro, o ser humano
pode pensar e programar projetos de vida e ações, agindo no presente. Planejar
é, sem dúvida, uma estratégia para sobreviver.
Segundo Vasconcellos, as
escolas também planejam pelas mesmas razões: antecipar mentalmente uma ação a
ser realizada de acordo com o previsto.
Planejar é uma tarefa
complexa e exige visão estratégica e sistemática. O processo de planejamento
deixa a escola mais bem preparada para enfrentar as incertezas oriundas do
mundo globalizado.
Segundo Vasconcellos, “o
fator decisivo para a significação do planejamento é a percepção por parte do
sujeito da necessidade de mudança”. Esse pressuposto é de fundamental
importância, pois quem não está comprometido não está querendo mudar nada e,
dessa forma, não sente necessidade de planejar. Assim, o que acontecerá em sala
de aula será mera reprodução.
O processo de planejamento do CEMEI acontece no início
do ano letivo com a Jornada Pedagógica que tem como o objetivo proporcionar
momentos de estudos, diálogos, trocas de experiências. No decorrer do ano
letivo acontece acompanhamento individual e coletivo (ACS), a fim de realizar
nossa prática pedagógica através da ação-reflexão-ação, selecionando conteúdos
adequando-os às condições de aprendizagem dos alunos, aos métodos, técnicas e
recursos de ensino.
A proposta pedagógica deve
contemplar a indissociabilidade entre o cuidar e o educar. Devemos pensar na
educação de forma a desenvolver a criança como ser único e indivisível, o que
veio reforçar os direitos das crianças de 0 a 6 anos em relação ao recebimento
de uma educação de qualidade.
Por meio de um processo
dinâmico, numa interação harmoniosa, onde haja liberdade, responsabilidade e
respeito entre educadores e educando, que os alunos, sejam incentivados a
expressar toda a sua capacidade criativa e possam desenvolver e aprimorar
habilidades físicas e intelectuais, como elementos de auto-realização,
preparando-os para o exercício consciente da cidadania.
O currículo se concretiza
e se completa na pratica docente, na sala de aula, no espaço de aprendizagem,
assim como na interação que ocorre entre o professor, o conteúdo e o aprendiz
em um determinado espaço-tempo. As condições desenvolvidas pelo professor
dentro do ambiente escolar são de fundamental importância para que ele possa programar
sua prática pedagógica. Além das condições para que o processo ensino e
aprendizagem ocorram, o professor deve criar atividades ou tarefas pelas quais,
através da mediação e dos meios simbólicas, possa operacionalizar a
internalização dos conteúdos. Portanto, o professor, enquanto agente desse
processo, deve proporcionar diferentes formas de compreensão e consolidação da
aprendizagem dos conteúdos prescritos.
A escola estabelece seus
princípios e valores a partir da forma como leva a seus alunos suas propostas
de ação e atuação junto à sociedade. Para tanto, ela se utiliza de uma
seqüência de conhecimentos ou conteúdos que devem levar os alunos a aprender e
transformar seu mundo.
Valorizar diferentes raças e
gêneros e pessoas com deficiência é trabalho para todo dia. Materiais adequados
são um bom aliado nessa tarefa. Preconceitos, rótulos, discriminação. É
inevitável: desde muito cedo, os pequenos entram em contato com esses discursos
negativos. Para que eles saibam lidar com a diferença com sensibilidade e
equilíbrio, é preciso que tenham familiaridade com a diversidade - e não
apenas em projetos com duração definida ou em datas comemorativas, como ainda é
habitual em vários lugares.
PROPOSTA CURRICULAR - PLANO ANUAL 4 E 5 ANOS
Ver postagem antigas com EIXOS CURRICULARES, conteúdos e objetivos.
MATRIZ CURRICULAR
MATRIZ CURRICULAR DA EDUCAÇÃO
INFANTIL
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EIXOS CURRICULARES
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CARGA HORÁRIA SEMANAL
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Pré-Escolar I
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Pré-Escolar II
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Conhecimento do Mundo
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Linguagem Oral e Escrita
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Movimento
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Arte
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Natureza e Sociedade
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Matemática
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Música
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Carga Horária Total
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9.3 CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM ADOTADOS PELA ESCOLA
A lei nº 9,394/96, artigo 31 pronuncia-se a respeito da
avaliação na educação infantil: “Na educação infantil a avaliação far-se-á
mediante acompanhamento e registro de seu desenvolvimento, sem o objetivo de
promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”. A proposta de avaliação
do CEMEI tem como princípio fundamental conhecer as crianças, considerando a
faixa etária e as características próprias da infância, acompanhar o
desenvolvimento dela, fazendo a análise e a reflexão das dificuldades de
aprendizagem, planejar novas situações de aprendizagem para superação das
dificuldades e, ainda, propor formas e metodologias de avaliação adequadas ao
seu desenvolvimento, a fim de verificar o que não aprenderam e por que não
aprenderam. É preciso identificar os avanços no processo de aprender, assim
como se faz necessário que as dificuldades das crianças sejam identificadas e
as possibilidades de superação sejam propostas.
Com a avaliação formativa,
é possível acompanhar e valorizar a evolução de todos os alunos, observando
diferentes habilidades: física, afetiva, sexual, cognitiva, ética, estética, de
relação intra e interpessoal. Essa avaliação parte do pressuposto de que cada
criança possui um ritmo próprio e uma forma de aprender. A avaliação não deve existir como forma de
atribuir valores ao aprendizado das crianças, mas como uma ferramenta que
propicia a coleta de informações que sinalizará a necessidade de alteração ou
não no planejamento e na forma de intervenção do professor e, talvez, até da
postura da instituição educacional. Por se tratar de um instrumento, a
avaliação é baseada em um conjunto de observação e registros feitos
diariamente, enquanto as crianças realizam suas atividades. Todos os registros
devem descrever o comportamento das crianças, e não as interpretações do
observador.
A avaliação do CEMEI é
feita da seguinte forma: o professor ira registrar no Diário de Bordo os
acontecimentos que considerar relevante na trajetória do aluno, facilitando a
elaboração dos relatórios individuais das crianças que no final de cada
semestre usará essas informações para formular o relatório de cada criança.
Esses relatórios deverão ter duas cópias: uma irá juntamente com as atividades
para a família e outra deverá ficar registrada no diário de classe.
Esse instrumento
proporciona a coleta de informações objetivas sobre cada criança e também
contribui para a avaliação da eficácia do planejamento pedagógico e das
intervenções realizadas pelo professor.
11.
IMPLEMENTAÇÃO E AVALIAÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO
Este é um Projeto que não se encerra
aqui. É preciso ser analisado, discutido e aperfeiçoado bimestralmente ou
sempre que necessário. O acompanhamento e avaliação do Projeto Político
Pedagógico serão feito através da participação coletiva de todos os elementos
que fazem parte da comunidade escolar, a fim de que estes colaborem no
desempenho no desenrolar do desempenho do processo educativo. Na análise das
decisões tomadas no desencadeamento das ações propostas dos resultados obtidos,
dos desvios identificados e conseqüentemente proposições de alternativas para
correção desses desvios.
Sendo o Projeto Político Pedagógico
com plano flexível, estará sujeito a sofrer alterações.
A comunidade escolar deve assumir o
compromisso de não só participar da elaboração deste Projeto Político
Pedagógico, como também acompanhar a execução do mesmo, sendo que as
assembléias gerais serão o órgão máximo das decisões.
É preciso ser analisado, discutido e
aperfeiçoado bimestralmente ou sempre que necessário.
Diante desse processo vivenciado por
toda comunidade escolar temos clareza da complexidade e da importância na
construção e reelaboração coletiva do Projeto Político Pedagógico. Que o nosso
Projeto efetivamente deixe de ser visto como função burocrática, formalista e
autoritária, mas seja assumido como forma de resgate do trabalho coletivo.
Em suma, as grandes mudanças nunca
se efetivarão, se não tivermos coragem de dar os primeiros passos. É
significativamente um processo de luta contra entraves político-burocráticos e
a limitação de tempo para construir nosso Projeto.
12.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
A realização deste trabalho busca
contemplar o estudo bibliográfico e pesquisa de campo, considerando que a
escola precisa de fato definir sua organização pedagógica e administrativa,
através da elaboração e execução do Projeto Político Pedagógico.
O Projeto Político Pedagógico tem
suscitado muitos debates e discussões entre as mais diversas instâncias
educativas. Por meio dele tem-se a possibilidade de vislumbrar um ensino de
melhor qualidade, quando é possível experimentar o exercício do pensar,
elaborar e operacionalizar o funcionamento da escola com autonomia.
Concordamos com Veiga (2001:33),
quando afirma: “É preciso entender o Projeto Político Pedagógico da escola como
uma reflexão do seu cotidiano. Para tanto, ele precisa de um tempo razoável de
reflexão-ação, para se ter um mínimo necessário a consolidação de sua
proposta.”
Nota-se que o Projeto Político
Pedagógico, requer continuidade das ações, descentralização, democratização do
processo de tomada de decisões e instalação de um processo coletivo de
avaliação de cunho emancipatório.
Pensando assim, apresentamos aqui os
nossos estudos, pesquisas e contribuições para todos aqueles que desejarem
construir o caminho da prática pedagógica coletiva. Contudo, este não pode ser
visto como uma fórmula, mas uma reaproximação de existência do coletivo
inserido na comunidade educativa chamada Escola.
A avaliação do Projeto Político, de
acordo com a filosofia do CEMEI-IV, ocorrerá de maneira sistemática com os
seguintes objetivos:
- Avaliar
o desempenho dos alunos e do corpo técnico pedagógico e docente no
cotidiano escolar;
- Verificar
até que ponto os objetivos foram atendidos e apresentar soluções para
encaminhamento;
- Analisar
os indicadores pedagógicos, observando a evolução das matrículas,
resultados dos diagnósticos de aprendizagem escolar e evasão;
- Analisar
objetivos e metas estabelecidas pela escola;
- Avaliar
por semestre como estão se desenvolvendo as ações do processo para
corrigi-las;
- Realizar
no final do ano uma avaliação para verificar se os objetivos definidos no
Projeto Político foram alcançados.
Este
documento deve ser utilizado por todos os professores, equipe técnica e pessoal
de apoio no seu dia a dia.
REFERÊNCIAS
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Diretrizes e Bases da Educação Brasileira: Lei nº 9.394 de 20 de dezembro
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