terça-feira, 28 de maio de 2019

ELMER, O ELEFANTE XADREZ

ELMER, O ELEFANTE  XADREZ

Era uma vez uma manada de elefantes. Elefantes novos, elefantes velhos, elefantes altos, magros ou gordos. Elefantes assim, elefantes assado, todos diferentes, mas todos felizes e todos da mesma cor. 
Todos, quer dizer, menos o Elmer. 
O Elmer era diferente. 
O Elmer era aos quadrados. 
O Elmer era amarelo e cor de laranja e encarnado e cor-de-rosa e roxo e azul e verde e preto e branco. 
O Elmer não era cor de elefante. 
Era o Elmer que mantinha os elefantes felizes. Às vezes era ele que pregava partidas aos outros elefantes, às vezes eram eles que lhe pregavam partidas. Mas quando havia um sorriso, mesmo pequenino, normalmente era o Elmer que o tinha causado. 
Uma noite o Elmer não conseguia dormir; estava a pensar, e o pensamento que ele estava a pensar era que estava farto de ser diferente. “Quem é que já ouviu falar de um elefante aos quadrados”, pensou ele. “Não admira que se riam de mim.” De manhã, enquanto os outros ainda estavam meio a dormir, o Elmer escapou-se muito de mansinho, sem ninguém dar por isso. 
Enquanto atravessava a floresta, o Elmer encontrou outros animais. 
Todos eles diziam: “Bom dia, Elmer.” E de cada vez o Elmer sorria e dizia: “Bom dia.” 
Depois de muito andar, o Elmer encontrou aquilo que procurava – um grande arbusto. Um grande arbusto coberto de frutos cor de elefante. O Elmer agarrou-se ao arbusto e abanou-o e tornou a abaná-lo até que os frutos terem caído todos no chão. 
Depois de o chão estar todo coberto de frutos, o Elmer deitou-se e rebolou-se para um lado e outro, uma vez e outra vez. Depois pegou em cachos de frutos e esfregou-se todo com eles, cobrindo-se com o sumo dos frutos, até não haver sinais de amarelo, nem cor de laranja, nem de encarnado, nem de cor-de-rosa, nem de roxo, nem de azul, nem de verde, nem de preto, nem de branco. Quando o acabou, Elmer estava parecido com outro elefante qualquer. 
Depois o Elmer dirigiu-se de regresso à manada. De caminho voltou a passar pelos outros animais. Desta vez cada um deles disse-lhe: “Bom dia, elefante.” E de cada vez que Elmer sorriu e disse: “Bom dia”, muito satisfeito por não ser reconhecido. 
Quando o Elmer se juntou aos outros elefantes, eles estavam todos muito quietos. Nenhum deles deu pelo Elmer enquanto ele se metia no meio da manada. 
Passado um bocado o Elmer sentiu que havia qualquer coisa que não estava bem. Mas que seria? Olhou em volta: a mesma selva de sempre, o meu céu luminoso de sempre, a mesma nuvem escura que aparecia de tempos em tempos, e por fim os mesmos elefantes de sempre. O Elmer olhou para eles. 
Os elefantes estavam absolutamente imóveis. O Elmer nunca os tinha visto tão sérios. Quanto mais olhava para os elefantes sérios, silenciosos, sossegados, soturnos, mais vontade tinha de rir. Por fim não conseguia aguentar mais. Levantou a tromba e berrou com quanta força tinha: 
BUUU! 
Com a surpresa, os elefantes deram um salto e caíram cada um para seu lado. “São Trombino nos valha!”, disseram eles, e depois viram o Elmer a rir perdidamente. “Elmer”, disseram eles. “Tem de ser o Elmer.” E depois s outros elefantes também se riram como nunca se tinham rido. 
Enquanto se estavam a rir a nuvem escura apareceu, e quando a chuva começou a cair em cima do Elmer os quadrados começaram a aparecer outra vez. Os elefantes não paravam de rir enquanto o Elmer voltava às cores do costume. “Oh Elmer”, ofegou um velho elefante. “Já tens pregado boas partidas, mas esta foi a melhor de todas. Não levaste muito a mostrar as tuas verdadeiras cores.” 
“Temos de comemorar este dia todos os anos”, disse outro. “Vai ser o dia do Elmer. Todos os elefantes vão ter de se pintar e o Elmer vai-se pintar de cor de elefante.”

E é isto mesmo que os elefantes fazem. Num certo dia do ano, pintam-se todos e desfilam. Nesse dia, se vires um elefante com a cor vulgar de um elefante, já sabes que deve ser o Elmer. 


atividades








PROJETO: PIOLHO

ATIVIDADES PARA ENRIQUECER O PROJETO


HISTÓRIAS 01


O Piolho Malazartes I


Malazartes era um piolho muito esperto, que habitava na cabeça de um menino chamado Luizinho, que, por sua vez, era inimigo número um da água, do sabão e do pente.
Assim, iam vivendo! Malazartes que adorava a sujeira da cabeça do Luizinho, reinava absoluto. 
Todos os dias saía para uma longa caminhada, entre os cabelos despenteados do pobre Luizinho, que se coçava desesperado. 
À noite era uma maravilha para Malazartes, porque, enquanto Luizinho dormia, ele fazia verdadeiros banquetes, sugando o sangue da cabeça do garoto.
Certo dia, rei Parasita Malazartes I estava feliz da vida em seu trono. Gordo e cheio de vida, ria satisfeito . 
Sabem por quê? 
É que ao seu lado estava sentada a rainha Piolhinda, sua esposa. 
Sim! Malazartes havia se casado, e anunciava a todos do reino que queriam ter muitos e muitos filhos.
Voltemos nossos olhos agora, para Luizinho. 
Enquanto Malazartes engordava e procriava, o menino (coitado!) estava de fazer dó: pálido, abatido, com os olhos tristes, tão magro e adoentado, que não tinha mais vontade de brincar e nem estudar. 
Passava o tempo todo sentado embaixo de uma árvore, coçando a cabeça com ambas as mãos.
Um dia, a mãe de Luizinho, preocupada com o seu aspecto, levou-o ao médico, dr. Sabidus Limpatudo. 
Dr Sabidus olhou para Luizinho, deu uma examinada, descobrindo rapidinho qual era o mal. 

Receitou para Luizinho: muita água e sabão na cabeça todos os dias, pentear os cabelos três a quatro vezes com o pente fino e observar. 
Aconselhou à mãe, ao menor indício de coceira, olhar na cabeça da criança e, constatando a presença do parasita, retirá-lo e matá-lo.
E, assim ao chegar em casa, para azar do rei Malazartes, da rainha e de toda a corte, Luizinho passou por uma verdadeira faxina. 
Primeiro, cortou os cabelos bem curtos, depois lavou muito bem e, em seguida, passou pente fino, conforme havia sido receitado. 
Acabou, desta forma o reinado de Parasita Malazarte I, voltando a saúde para Luizinho.
Quem vê Luizinho hoje, nem o reconhece. 
É um menino feliz, gordo e corado, está sempre disposto a brincar e, na sala de aula, então, agora que está livre dos piolhos, está sempre atento às lições, conseguindo assim aprender sem dificuldades.
E vocês querem saber de uma coisa? 
Luizinho e sua mãe, ficaram tão contentes com o resultado, que saíram ensinando a todos os vizinhos e coleguinhas da escola, como fazer para acabar com os piolhos. 
Deste modo, na comunidade onde mora Luizinho, foram exterminados os piolhos e vivem todos felizes e cheios de saúde. 
E quando chega um novo morador no bairro, ou um novo coleguinha na escola, fica logo conhecendo a história de Luizinho e o Rei Parasita Malazartes I

Desconheço o autor!

História 02

 Pedro e a família Cascudos

Pedro e a família CascudoUm dia uma família de piolhos, a Cascudo, estava procurando um lugar para morar. Mas ela não queria morar em qualquer lugar. Tinha de ser um local limpinho, cheirozinho, bem arrumado e como muita comida!
Após muito procurar, pai, mãe e filho encontraram a casa perfeita! Muito bonita essa cabeleira! Grande e vasta! Cheia de graça! Adivinha aonde era a nova casa da família Cascudo? A sua nova casa era uma cabeça! E essa cabeça era bem cabeluda! E com muita comida!
A família Cascudo logo se ajeitou e montou sua casa bem bonita. A mamãe piolho logo tratou de ter vários filhotes — um monte deles: mais de 100!!!
Só que tinha um problema, a cabeça onde eles moravam era de uma criança que se chamava Pedro. Ele não gostava nadinha de ter uma família enorme morando em sua cabeça, pois coçava muito e acabava incomodando. Pedro dizia: “Que chato! Ter piolho é uma chatice!”.
Os amiguinhos da escola não queriam mais brincar com Pedro por causa dos piolhos. Ele ficou triste, mas entendeu, porque sabia que quem tem piolhos passa para a outra criança que não tem. A mamãe do Pedro logo percebeu e despejou a família de piolhos de sua cabeça com um pente fino. O que aconteceu? Os Cascudos foram morar em baixo de um sofá velho, em outra casa, meio abandonada, junto com as pulgas e os percevejos!




sexta-feira, 3 de maio de 2019

Se as coisas fossem mães

                                      SE AS COISAS FOSSEM MÃES

O livro de hoje é especial, pela poesia, pela delicadeza, mas por ser de Sylvia Orthof, grande escritora de literatura infantil, que deixou para nós pérolas na literatura e que devemos compartilhar com os nossos filhos e alunos.
Este livro fala sobre tudo de como uma mãe pode ser cuidadosa, engraçada, mágica, biológica ou não, sobre mães que erram e que acertam, que trabalham fora e cuidam dos seus filhos, assim como as coisas que tem suas funções.
Sylvia fala de coisas que nos rodeiam e que vivem no imaginário infantil como a lua, a casa, a bruxa, as fadas e objetos como chaleira e a mesa, que tem as suas funções assim como as mães de acolherem os seus filhos.

Objetivos Gerais:

  • Desenvolver a linguagem oral e expressividade.
  • Promover socialização
  • Enriquecer o vocabulário, memória e atenção
  • Aumentar interesse pelos livros
  • Utilização da escrita para alfabetização.
                  Estimular a criatividade, sensibilidade, curiosidade e imaginação;
  • Conhecer diferentes histórias.


Objetivo Específico:

  • Valorizar o papel da mãe na família
  • Incentivar o carinho pela mãe

Para ler e realizar as atividades com a turma.